

Prática de descanso, escuta e tradução do texto “Hapticality, or love”
A proposta desta oficina é uma prática de leitura e tradução do capítulo “Hapticality, or love”, do livro “Undercommons: fugitive planning & black study”, de Fred Moten e Stefano Harney. A prática se dará a partir da Eutonia como ferramenta de descanso.
Time & Location
Sep 21, 2021, 5:30 PM – 8:30 PM
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INDICAÇÕES (são apenas sugestões para um melhor aproveitamento da oficina, e que, no caso da ou do participante não ter os materiais abaixo disponíveis, não será impeditivo para a realização da oficina): tecido(s), tapete(s), manta(s), ou acolchoado para deitar sobre; almofada(s) ou travesseiro(s); tecido(s) para tocar, se enrolar, vestir, se cobrir; chumaço(s) de algodão, semente(s), pedra(s), esponja(s), ou outro(s) materiais que tenha vontade de tocar, e que tenha à mão; papel ou papéis diversos, lápis, caneta(s) para desenhar, escrever. RESUMO: A proposta desta oficina é uma prática de leitura e tradução do capítulo “Hapticality, or love”, do livro “Undercommons: fugitive planning & black study”, de Fred Moten e Stefano Harney. A prática se dará a partir da eutonia como ferramenta de descanso. O trabalho da eutonia é encontrar uma dinâmica tônica própria, um tônus bom para qualquer atividade que se vá realizar, e que varia para cada indivíduo e um dos assuntos mais importante para uma pesquisadora eutonista, é a pele. No livro The Undercommons, os autores trazem uma ideia de comum que é uma ideia fugitiva, e Hapticalidade como a possibilidade de sentir o outro sentindo você. A escolha do texto, tem a intenção de levantar a pergunta: é possível tocar o outro sem tocar? A proposta de ler e traduzir o texto do original parte da metáfora sanguíneo-canibalesca de haroldo de campos em sua proposta de “transcriação”, este fenômeno em que "as noções de nutrimento pelo sangue alheio e do diálogo entre duas identidades sugerem o esvanecimento de limites e de ênfase na relação entre as criações em línguas diversas". Assim, segundo ele, adentrando o sangue do outro no seu próprio corpo, se desfaz a hierarquização do "original", o texto recriado passa a ser "transcriação" ao invés de tradução. A proposta da oficina não tem como foco a “compreensão”, mas sentir o que os autores sentiram ao escrever.